Instituto ONG CIRINHO Sorrindo Pesquisa & Inovação abraça o Novembro Azul com foco na prevenção e no cuidado com a saúde do homem. Durante todo o mês, a instituição intensifica suas ações de conscientização, promovendo palestras, rodas de conversa e triagens oncológicas voltadas à detecção precoce do câncer de próstata e de outros tipos que afetam a população masculina. Com uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais,  e outros, o Instituto reforça a importância do diagnóstico precoce e da busca por hábitos de vida saudáveis, alertando que o autocuidado é um gesto de amor à própria vida e à família.

Além das atividades educativas, o Instituto CIRINHO leva suas campanhas até as comunidades, empresas e escolas do Vale do Teles Pires, oferecendo orientações sobre exames preventivos e incentivando os homens a vencerem o preconceito e o medo de procurar ajuda médica. A entidade, que há quase dez anos atua no acolhimento de pacientes oncológicos e suas famílias, reafirma seu compromisso com a promoção da saúde e com a valorização da vida, lembrando que “prevenir ainda é o melhor caminho”.

 Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) ajudam a compor o cenário, apontando quais são os tipos mais incidentes, quais grupos estão mais vulneráveis e quais os avanços e lacunas na prevenção e tratamento. A seguir, apresento um panorama jornalístico a partir de dados oficiais e de análises especializadas.
Principais dados de incidência
•Estima-se que, para cada ano do triênio 2023-2025, o Brasil terá cerca de 704 mil casos novos de câncer.
•Excluindo os tumores de pele não-melanoma, espera-se cerca de 483 mil casos novos por ano.
•Especificamente entre os homens, para 2023:
•O número estimado de novos casos de câncer de próstata é de 71.730, o que corresponde a cerca de 30,0% de todos os cânceres que não sejam pele não-melanoma nessa população.  
•Outros tipos com maior incidência:
•Cólon e reto: ~ 21.970 casos ( 9,2%)
•Traqueia, brônquio e pulmão: ~ 18.020 casos (7,5%)
•Estômago: ~ 13.340 casos ( 5,6%)
•Cavidade oral: ~ 10.900 casos (4,6%)
Esses números evidenciam que o câncer de próstata lidera de forma marcante entre os homens, e que tumores digestivos (cólon/reto, estômago) e respiratórios (pulmão) também têm participação significativa.
Dados de mortalidade
•Em 2021, entre os homens no Brasil, foram registrados cerca de 120.784 óbitos por neoplasias malignas.
•A mortalidade conforme o local primário do tumor para homens em 2021:
•Câncer de próstata: 16.300 óbitos (≈ 13,5%)
•Traqueia, brônquios e pulmões: 15.987 óbitos (≈ 13,2%)
•Cólon e reto: 10.662 óbitos (≈ 8,8%)
Ou seja: os tipos mais incidentes também correspondem a grande parte das mortes por câncer entre homens, o que reforça a importância de detecção precoce, tratamento adequado e combate aos fatores de risco.
Principais fatores de risco e realidades que expõem os homens
•Idade: o risco de muitos tipos de câncer aumenta conforme a idade, especialmente acima de 50 anos. Por exemplo, no câncer de próstata, há forte relação com idade avançada.
•Histórico familiar: em casos de câncer de próstata, ter pai ou irmão com a doença antes dos 60 anos aumenta o risco.
•Estilo de vida: tabagismo, consumo de álcool, alimentação pouco saudável, sedentarismo, obesidade e sobrepeso são fatores associados a vários tipos de câncer, como pulmão, estômago, cavidade oral.
•Desigualdades regionais e socioeconômicas: regiões com menor índice de desenvolvimento humano (IDH) registram maior peso de alguns tipos de câncer, como o estômago entre homens.
•Relutância ou atraso na busca por cuidados de saúde: campanhas como Novembro Azul alertam para o fato de que muitos homens evitam exames ou consultas de rotina.
Prevenção: o que pode e deve ser feito
A prevenção do câncer envolvendo a população masculina precisa de duas frentes principais: redução de risco + detecção precoce.
Redução de risco
•Alimentação saudável: dietas ricas em frutas, verduras, legumes, fibras; evitar carnes processadas e excesso de gorduras saturadas.
•Atividade física regular e manutenção do peso adequado.  
•Evitar ou cessar o tabagismo, reduzir consumo de álcool.  
•Estímulo à cultura de autocuidado e à busca de exames preventivos, especialmente a partir de determinada idade ou em grupos de risco.
Detecção precoce
•No câncer de próstata, por exemplo: a cartilha do INCA destaca a importância da conversa entre o homem e o profissional de saúde para decidir sobre exames como o toque retal e o PSA (Antígeno Prostático Específico).
•Em homens a partir de 50 anos (ou 45 anos se houver histórico familiar) recomenda-se avaliação individualizada com o médico.
•Programas e políticas públicas de rastreamento e educação em saúde precisam alcançar níveis mais efetivos, principalmente em regiões mais vulneráveis.
Tratamentos e perspectivas
•No câncer de próstata, os tratamentos no Brasil incluem cirurgia, radioterapia e tratamento hormonal, conforme o estágio da doença.
•Avanços recentes apontam para tratamentos mais personalizados, como hormonoterapia intermitente, especialmente em fases mais avançadas da doença.
•A taxa de cura para câncer de próstata pode chegar a até 98%, dependendo do estágio em que a doença é diagnosticada e tratada.
•A articulação entre saúde pública, atenção primária, oncologia, urologia e reabilitação é fundamental para melhorar os resultados.
•Ainda há desafios: atraso no diagnóstico, desigualdade de acesso aos serviços, falta de adesão a hábitos saudáveis e lacunas na cobertura de rastreamento.
O que isso tudo significa para a população masculina
•Para o homem comum: conhecer que o tipo de câncer mais frequente é o de próstata e que outros tipos (como de cólon e reto, pulmão, estômago) também têm grande impacto — isso ajuda a priorizar atenção para saúde.
•A mensagem-chave: “Quanto mais cedo descobrir, melhores as chances de cura ou de convívio com a doença.”
•Na prática: a partir dos 50 anos (ou 45 se houver histórico familiar), buscar orientação médica para avaliar risco, possível rastreamento e estilo de vida.
•Em campanhas de saúde comunitária ou institucional (como pode ser no âmbito do seu trabalho com o Instituto ONG CIRINHO – Pesquisa & Inovação): promoção ativa de hábitos saudáveis, educação voltada aos homens (que muitas vezes negligenciam cuidado com a saúde), parceria com clubes de esporte, comunidades, empresas, escolas — com foco no universo masculino, que tradicionalmente faz menos check-ups.