Este mês de junho a ONG Cirinho Sorrindo, promoveu uma palestra com o tema: “Câncer, uma doença democrática”.

O conteúdo pode abordar uma série de tópicos importantes para conscientizar o público sobre a natureza abrangente do câncer e sua capacidade de afetar qualquer pessoa, independentemente de suas origens ou condições de vida.

O evento ocorreu no último dia 04, no Plenário da Câmara Municipal de Vereadores da cidade de Sorriso e contou com os palestrantes, o médico oncologista clínico Dr. Leandro Assunção e a psicóloga Giseli Souza, que abordaram assuntos ligados ao tratamento do câncer a saúde emocional.

A médica geriatra, Dra. Juliana Siqueira, que mesmo estando em viagem, contribuiu com seu saber enviando um vídeo sobre os cuidados paliativos.

A plateia formada pela comunidade em geral, estudantes dos cursos de direito, enfermagem, psicologia, medicina e fisioterapia puderam  interagir com os palestrantes, contribuindo com o extraordinário desenvolvimento da palestra.

Os aspectos democráticos do câncer são subdividos nos seguintes termas:

– *Incidência Global:* Estatísticas que mostram a presença do câncer em todas as partes do mundo, afetando todas as raças, etnias e gêneros.

– *Fatores de Risco:* Discussão sobre como fatores de risco como idade, genética e exposição ambiental são universais, mas podem variar em impacto.

– *Câncer em Diferentes Socioeconômicos:* Como o câncer afeta pessoas de todas as classes sociais, embora o acesso ao tratamento possa variar.

Tipos de Câncer

– *Variedade de Tipos:* Explicação de como diferentes tipos de câncer podem afetar diferentes órgãos e sistemas do corpo.

– *Exemplos Comuns:* Câncer de mama, próstata, pulmão e pele.

Prevenção e Diagnóstico

– *Prevenção:* Medidas universais que todos podem tomar para reduzir o risco de câncer, como dieta saudável, exercício e evitar tabaco e álcool.

– *Importância do Diagnóstico Precoce:* Técnicas como mamografia, colonoscopia e exames de sangue que são fundamentais para a detecção precoce em todos os grupos.

Acesso ao Tratamento

– *Desigualdade no Acesso:* Como o acesso ao tratamento pode variar, mas o câncer, como doença, não escolhe suas vítimas com base em status econômico.

– *Avanços na Medicina:* Tecnologias e tratamentos que estão disponíveis e cada vez mais acessíveis para todos, como imunoterapia, quimioterapia e terapia com células-tronco.

Histórias Inspiradoras

– *Testemunhos:* Relatos de pessoas de diferentes origens que superaram o câncer, destacando a força, resiliência e a importância do apoio comunitário e familiar.

Importância da Pesquisa

– *Progresso na Pesquisa:* Discussão sobre como a pesquisa em câncer é uma esforço coletivo global que beneficia a todos.

– *Como Ajudar:* Informações sobre como o público pode apoiar a pesquisa e campanhas de conscientização.

Dentre outros.

Já na atuação das emoções podemos pontuar alguns pontos de extrema importância, tanto para o paciente, quanto seus familiares que acompanham a jornada exaustiva de um tratamento, são eles:

  1. *Suporte Emocional e Mental*

– *Redução da Ansiedade e Depressão*: O diagnóstico de câncer pode causar uma grande quantidade de estresse emocional. Intervenções psicológicas, como terapia cognitivo-comportamental, ajudam a gerenciar a ansiedade e a depressão associadas.

– *Apoio ao Ajustamento*: Pacientes frequentemente precisam se ajustar a uma nova realidade, que inclui lidar com mudanças físicas, incertezas sobre o futuro e alterações na autoimagem. Psicólogos fornecem estratégias e apoio para facilitar esse ajustamento.

  1. *Melhora na Qualidade de Vida*

– *Estratégias de Enfrentamento*: Terapias baseadas em mindfulness, técnicas de relaxamento e outras abordagens podem ajudar pacientes a desenvolver melhores estratégias para lidar com a doença e os tratamentos agressivos.

– *Resiliência*: O fortalecimento da resiliência psicológica permite que os pacientes lidem mais efetivamente com os desafios cotidianos do câncer.

  1. *Interação Social e Apoio Familiar*

– *Comunicação*: Psicólogos ajudam a facilitar a comunicação entre pacientes e familiares, melhorando o suporte social e as redes de apoio.

– *Educação da Família*: Educação e suporte psicológico não são apenas para o paciente, mas também para a família, ajudando-os a entender o processo e a lidar com suas próprias emoções e as mudanças na dinâmica familiar.

  1. *Adesão ao Tratamento*

– *Motivação*: Psicólogos podem trabalhar para aumentar a motivação do paciente para seguir regimes de tratamento rigorosos.

– *Gerenciamento dos Efeitos Colaterais*: Técnicas de manejo de estresse e educação sobre o que esperar podem ajudar a melhorar a adesão ao tratamento, mesmo quando surgem efeitos colaterais adversos.

  1. *Planejamento e Objetivos de Vida*

– *Planejamento de Vida*: Muitos pacientes se preocupam com o futuro e com a incerteza sobre a eficácia do tratamento. Psicólogos ajudam os pacientes a estabelecer objetivos de curto e longo prazo, dando-lhes um senso de controle e propósito.

– *Gestão de Expectativas*: Ajudar os pacientes a estabelecer expectativas realistas pode contribuir para reduzir frustrações e melhorar a satisfação com o tratamento.

  1. *Aspectos Espirituais e Existenciais*

– *Significado e Propósito*: Muitos pacientes questionam questões de significado e propósito em face de uma doença grave. Psicólogos podem facilitar discussões sobre esses tópicos, ajudando o paciente a encontrar um senso de paz e compreensão.

– *Espiritualidade*: Embora a abordagem seja individualizada, aspectos de espiritualidade podem ser integrados no cuidado psicológico, se for relevante e desejado pelo paciente.

  1. *Apoio Durante a Fase Terminal*

– *Cuidados Paliativos*: Psicólogos são essenciais nos cuidados paliativos, proporcionando conforto emocional, ajudando na gestão da dor e apoiando os pacientes e suas famílias durante a fase terminal da doença.

  1. *Reintegração Pós-Tratamento*

– *Apoio na Reintegração Social e Profissional*: Para aqueles que entram em remissão, o retorno à vida “normal” pode ser desafiador. Psicólogos ajudam na transição e reintegração social e profissional.

– *Prevenção de Recaída Psicológica*: A vigilância contínua pelo bem-estar psicológico pode prevenir recaídas de ansiedade e depressão após o término do tratamento médico.

O atendimento psicológico é, portanto, uma faceta indispensável do tratamento do câncer, aliviando o sofrimento emocional e melhorando os resultados gerais do tratamento, tanto em termos de qualidade de vida como de adesão ao tratamento.

A  implantação dos cuidados paliativos no tratamento do câncer é um tema de grande relevância no campo da saúde, especialmente devido ao impacto significativo que o câncer tem sobre a vida dos pacientes e suas famílias. Vamos explorar os principais aspectos dessa implantação, tanto do ponto de vista clínico quanto social.

Definição de Cuidados Paliativos

Os cuidados paliativos são uma abordagem holística destinada a melhorar a qualidade de vida dos pacientes que enfrentam doenças graves e potencialmente fatais, como o câncer. Esses cuidados focam no alívio da dor e de outros sintomas, no suporte emocional e psicológico, e na assistência social e espiritual, tanto para os pacientes quanto para suas famílias.

Aspectos Clínicos

  1. *Alívio de Sintomas:* A dor e outros sintomas físicos (como náuseas, falta de ar, fadiga) são gerenciados por meio de uma variedade de intervenções médicas, incluindo medicações específicas, terapias físicas e técnicas de relaxamento.
  2. *Melhoria da Qualidade de Vida:* O objetivo é permitir que o paciente viva tão ativamente quanto possível, até a morte, proporcionando bem-estar físico e emocional.
  3. *Interdisciplinaridade:* Os cuidados paliativos envolvem uma equipe multidisciplinar que pode incluir médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas e capelães, entre outros.
  4. *Decisões Compartilhadas:* Encoraja-se a participação ativa dos pacientes e de suas famílias nas decisões sobre os tratamentos, respeitando suas preferências e desejos.

Aspectos Sociais

  1. *Suporte Emocional e Psicológico:* A equipe de cuidados paliativos oferece suporte emocional aos pacientes e seus entes queridos, ajudando-os a lidar com o medo, a ansiedade e a depressão que muitas vezes acompanham o diagnóstico e o tratamento do câncer.
  2. *Assistência Social:* Os assistentes sociais ajudam a conectar pacientes e familiares com recursos comunitários, como apoio financeiro, serviços de transporte e programas de suporte, facilitando a resolução de questões práticas e burocráticas.
  3. *Educação e Defesa de Direitos:* Muitas vezes, a equipe também atua na educação dos pacientes e suas famílias sobre a doença e seus tratamentos, assim como na defesa dos direitos dos pacientes, garantindo que eles recebam os melhores cuidados possíveis.
  4. *Redução de Estigmas:* A implementação de cuidados paliativos pode ajudar a diminuir o estigma associado ao câncer e ao estágio terminal da vida, promovendo uma maior aceitação e compreensão dessas condições na sociedade.

Desafios da Implementação

  1. *Conhecimento e Educação:* Há uma necessidade contínua de educar tanto profissionais de saúde quanto o público em geral sobre a importância e os benefícios dos cuidados paliativos.
  2. *Acesso e Disponibilidade:* Embora os cuidados paliativos sejam reconhecidos como uma parte crítica do tratamento do câncer, o acesso a esses serviços ainda é desigual, especialmente em áreas rurais ou em países com sistemas de saúde menos desenvolvidos.
  3. *Sustentabilidade Financeira:* A implementação de cuidados paliativos pode ser onerosa, e sua sustentabilidade financeira depende do apoio de sistemas de saúde, políticas públicas e, muitas vezes, de organizações não-governamentais.

A introdução dos cuidados paliativos no tratamento do câncer representa um avanço significativo no cuidado à saúde, oferecendo uma abordagem mais humana e centrada no paciente. Além de aliviar sintomas físicos, oferece suporte emocional e social, o que é crucial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias. No entanto, a plena implementação desses cuidados depende de uma combinação de educação, acesso e políticas de apoio robustas.

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