A leucemia é o câncer das células brancas do sangue (leucócitos). Ela começa na medula óssea e se espalha para outras partes do corpo, de origem, na maioria das vezes, desconhecida.

As leucemias se dividem de acordo com os dois principais grupos de leucócitos:

  • Leucemia linfoide. Tem comprometimento da linhagem linfoide.
  • Leucemia mieloide. Tem comprometimento da linhagem mieloide.

Patologicamente, a leucemia é dividida em:

  • Leucemia aguda. Caracterizada pelo crescimento rápido de células imaturas do sangue.
  • Leucemia crônica. Caracterizada pelo aumento de células maduras, mas anormais.

Sendo assim, existem quatro principais tipos de leucemias:

Outros tipos de leucemias:

Os exames de laboratório comumente utilizados para diagnosticar a leucemia mieloide crônica são:

  • Hemograma completo. Esse exame mede os níveis de diferentes células sanguíneas  que ajudam no diagnóstico da leucemia. O hemograma completo geralmente inclui um diferencial, que é uma contagem dos diferentes tipos de glóbulos brancos em sua amostra de sangue. A maioria dos pacientes com leucemia mieloide crônica apresentam glóbulos brancos imaturos no sangue e uma quantidade insuficiente de células vermelhas ou plaquetas. Embora estes resultados possam sugerir leucemia, a doença geralmente não é diagnosticada sem um estudo das células da medula óssea. Se o médico suspeitar que você possa ter leucemia, ele solicitará uma biópsia para ter certeza do diagnóstico. 
  • Exame da medula óssea. Uma característica importante de uma amostra da medula óssea é a quantidade de células formadoras de sangue, o que é conhecido como celularidade. A medula óssea normal contém células formadoras de sangue e células adiposas. Se a medula óssea de um paciente tem mais células formadoras de sangue do que o esperado, diz-se que é hipercelular. Se poucas dessas células forem encontradas, a medula é denominada hipocelular. Em pacientes com leucemia mieloide crônica, a medula óssea é muitas vezes hipercelular porque contém muitas células leucêmicas. Estes exames também podem ser realizados após o tratamento para verificar se a leucemia está respondendo ao tratamento. 
  • Exames bioquímicos. Esses exames medem a quantidade de determinadas substâncias químicas no sangue, mas não são feitos para diagnosticar a leucemia. Eles podem ajudar a diagnosticar problemas no fígado ou rins causados pela disseminação da doença ou pelos efeitos colaterais de certos medicamentos. Esses exames também determinam se o paciente precisa de tratamento para corrigir os níveis sanguíneos de certos minerais.

Tratamentos da Leucemia em Crianças

Após o diagnóstico e estadiamento da doença, o médico discutirá com você as opções de tratamento para seu filho. É importante pesar os benefícios de cada opção contra os possíveis riscos e efeitos colaterais.

O principal tratamento para a leucemia em crianças é a quimioterapia. Para algumas crianças com leucemias de alto risco, a quimioterapia em altas doses pode ser administrada junto com o transplante de medula óssea. Outros tipos de tratamentos, como cirurgia, radioterapia, terapia-alvo, imunoterapia, quimioterapia de alta dose e transplante de células-tronco são utilizados em circunstâncias especiais.

Em função das opções de tratamento definidas para cada criança, a equipe médica deverá ser formada por especialistas, como hematologista, oncologista pediátrico e radioterapeuta. Mas, muitos outros poderão estar envolvidos durante o tratamento, como, enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais, fisioterapeutas e psicólogos.

Tomando decisões sobre o tratamento. É importante que todas as opções de tratamento de seu filho, bem como os possíveis efeitos colaterais, sejam discutidas com o médico, para ajudar a tomar a decisão mais adequada para o seu filho. Se o tempo permitir, obtenha uma segunda opinião de outro médico com experiência no tipo de leucemia do seu filho, isso pode o ajudar a se sentir mais confiante sobre o esquema de tratamento proposto.

Pensando em participar de um estudo clínico. Em alguns casos, pode ser a única maneira para ter acesso a novos tratamentos. Ainda assim, estudos clínicos podem não ser adequados para todos. Se você quiser saber mais sobre os estudos clínicos e sobre a possibilidade da criança participar de um protocolo clínico, converse com seu médico

Considerando métodos complementares e alternativos. Estes métodos podem incluir vitaminas, ervas e dietas especiais, ou outros métodos, como acupuntura ou massagem. Os métodos complementares se referem a tratamentos usados junto com seu atendimento médico regular. E os tratamentos alternativos são usados em vez do tratamento médico. Embora alguns destes métodos possam ser úteis para aliviar os sintomas ou ajudar você a se sentir melhor, muitos não foram comprovados cientificamente e não são recomendados. Converse com seu médico antes de iniciar qualquer terapia complementar ou alternativa.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 12/02/2019, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.